Plastiche
Maria Emília - 2013-11-21 - 2014-01-17
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Plástico + pastiche = P L A S T I C H E o u U m O u t r o O l h a r
Derivado da palavra romana pasticio, pastiche quer dizer pericia imitativa, isto é, a própria imitação. Em Marta Emília, existe a imitação de si mesma, a transformação, ou melhor, a reconfiguração do próprio trabalho.
A mosta PLASTICHE, então, indica a possibilidade de se remontar, se desfazer das superfícies planas e se expandir rumo ao tridimensional. Marta Emília traz o plástico, material chulo, vulgar, corriqueiro, criado para emular materiais nobres, como o vidro e a porcelana, reinventando seus painéis bidimensionais com uma linguagem extremamente pop, quase rebelde, leve, criando um simulacro de si mesma. Um avatar.
Esse outro olhar bem-humorado aparece inundado de cores fortes, propondo explosões furiosas, evidenciadas pelos novos materiais e pelas experimentações estéticas que resignificam o mundo pinup, pós-psicodélico de Marta Emília. A artista flerta aqui com o universo do adorno, do décor, quando se utiliza de novos formatos, novas estruturas, a fim de revisitar o próprio repertório estético - “as obras citam elas mesmas, gerando um tipo de autofagia plástica” - diz Marta.
Mimetizando-se, aponta para o futuro, propondo o dialogo entre sua obra e o espectador da maneira mais debochada, quase o transformando em alegoria carnavalesca. Finalmente plastifica-se, tornando-se impermeável e quase não perecível. Praticamente uma diva pop, uma fênix.
Bem-vindos ao univero PLASTICHE…
Henrique Gomes
Período: 21 de novembro de 2013 a 17 de janeiro de 2014