Nunca serei cinza

Guto Holanda - 2017-06-06 - 2017-07-21


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Nunca Serei Cinza

A série de pinturas intitulada Nunca Serei Cinza traz em sua poética as diversas relações do sujeito em seu cotidiano, seja no trabalho, religião, ou com o ambiente em que se insere. São personagens que trazem em suas estéticas cores diversas. Cores que apontam para sentimentos e sensações, muitas vezes contidas no subconsciente de cada um e, sendo assim, carregados de sentidos, de interpretações. Daí surgem retratos de pessoas, tanto reais quanto fictícias, mas que permeiam o imaginário, ora particular, ora compartilhado, apresentados a partir de uma estética ligada ao rompimento da perfeição e das formas e cores exatas.

A ideia da temática surgiu através de questionamentos acerca das relações das pessoas em seu cotidiano, com o ambiente urbano, cada vez mais sem cor. Será que as pessoas estão se tornando cinza, assim como o concreto e o asfalto que impermeabilizam as cidades?

Nunca Serei Cinza tem como finalidade apontar para questões ligadas ao cotidiano de cada indivíduo, relacionadas às cores que ilustram cada vivência. No nosso inconsciente existem diversas memórias que estão ligadas a momentos, e cada um deles seria revestido de uma determinada atmosfera, seja por uma música, um aroma, ou por cores. E são justamente as cores que permeiam cada instante que proporcionaram a temática a ser investigada. Nesse caso, cada sujeito ou objeto é um personagem de um determinado momento, impressos de maneira expressionista em cada obra. Assim, cada objeto artístico rompe com o concretismo do real, e parte para uma estética pessoal.

Guto Holanda